Resumen:
La regulación de las nanotecnologías está en discusión a nivel mundial. La discusión
gira en torno a dos cuestiones principales: los potenciales riesgos a la salud y el medio
ambiente; y la normalización y homogenización de criterios para la comercialización.
Este artículo analiza las perspectivas asumidas por los Estados Unidos y la Unión Europea
– potencias que comandan la discusión sobre regulación a nivel internacional –, a partir
de las cuales muchos otros países tomarán posición. Las fuentes utilizadas para identificar
los principales principios filosófico-jurídicos que se aplican a la regulación de las
nanotecnologías fueron los cuerpos legales que regulan los químicos en los Estados Unidos
(TSCA-EPA) y en Europa (REACH). Aplicamos el análisis de discurso sobre los documentos,
examinándolos en su contexto histórico (análisis genealógico) y elucidando las funciones
de exclusión realizadas. Complementamos la información con documentos específicos
sobre regulación de las nanotecnologías, revisión de literatura y análisis de algunos casos
específicos de aplicación de normas. Identificamos cinco conceptos filosófico-jurídicos
en los que hay evidentes dicotomías entre las posiciones de los Estados Unidos y de la
Unión Europea: precaución, confidencialidad, transparencia de información, peligro, y
evaluación costo-beneficio. Las conclusiones muestran, por un lado, que a pesar de existir
importantes diferencias discursivas entre ambos bloques, la práctica y las coacciones
del contexto ejercen presión sobre estos; por otro, que existen fisuras y contradicciones
internas dentro de cada bloque, dotando de incertidumbre el desarrollo futuro. Por
último, el trabajo ofrece un “paquete de conceptos” utilizados por cada bloque, de
utilidad analítica, para elaborar agendas nacionales propias.
Descripción:
A regulação das nanotecnologias está em discussão em nível mundial. A discussão gira em torno a duas questões principais: os potenciais riscos para a saúde e o meio ambiente, e a normalização e homogeneização de critérios para a comercialização. Este artigo analisa as posições assumidas pelos Estados Unidos e a União Europeia, potencias que comandam a discussão sobre regulação em nível internacional, e a partir da qual muitos outros países tomarão posição. As fontes utilizadas para identificar os principais princípios filosófico-jurídicos que se aplicam à regulação das nanotecnologias foram os corpos legais que regulam os químicos nos Estados Unidos (TSCA-EPA) e na Europa (REACH). Aplicamos a análise de discurso sobre os documentos, analisando-os em seu contexto histórico (análise genealógico) e elucidando as funções de exclusão realizadas. Complementamos a informação com documentos específicos sobre regulação das nanotecnologias, revisão de literatura e análise de alguns casos específicos de aplicação de normas. Identificamos cinco conceitos filosófico-jurídicos nos quais há evidentes dicotomias entre as posições dos Estados Unidos e da União Europeia. Eles envolvem temas como precaução, confidencialidade, transparência de informação, perigo e avaliação custo-benefício. As conclusões mostram, de um lado, que embora existam importantes diferenças discursivas entre ambos blocos, a prática e as coações do contexto exercem pressão sobre estes. De outro lado, evidenciam que existem fisuras e contradições internas dentro de cada bloco, dotando de
incerteza o desenvolvimento futuro. Finalmente, o trabalho oferece um “pacote de conceitos” utilizados por cada bloco, de utilidade analítica para elaborar agendas nacionais próprias.